sexta-feira, 20 de maio de 2011

Principezinho X - O essencial é invisível para os olhos...


(…)

- O que é importante não se vê…

- Pois não…

- É como com a flor. Quando se ama uma flor que está plantada numa estrela, é bom olhar para o céu. Todas as estrelas ficam floridas…

- Pois ficam…

- E é como a água. A que tu me deste de beber parecia uma música, por causa da roldana e da corda… Lembras-te?... Era tão boa!

- Pois era...

- Daqui a tempos, quando estiveres outra vez em casa, vais-te pôr à noite a olhar para as estrelas. A minha é pequenina demais para ser ver daqui e eu ta poder mostrar. Mas é melhor assim: para ti, qualquer estrela vai ser a minha estrela. Vais gostar de olhar para as estrelas todas… todas elas passam a ser tuas amigas.

(…)

- As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para os viajantes, as estrelas são guias. Para outros, não passam de luzinhas. Ainda para outros, os cientistas, são problemas. Para o meu homem de negócios, eram outro. Mas todas essas estrelas estão caladas. Tu, tu vais ter estrelas como mais ninguém…

- isso quer dizer o quê?

- à noite, vais-te pôr a olhar para o céu e, porque eu moro numa delas, porque eu me estou a rir numa delas, então, para ti, vai ser como ser todas as estrelas se rissem! Vais ser a única pessoa do mundo que tem estrelas a rir!

Voltou a rir.

- E quando estiveres consolado (afinal acabamos sempre por nos consolar), vais ficar contente de me teres conhecido. Vais ser sempre meu amigo. Vai-te apetecer rir comigo. E, às vezes, sem mais nem menos, vais abrir a janela, só por ser bom… E os teus amigos vão ficar espantados por te verem a olhar para o céu e a rir. Mas tu dizes-lhes: “Pois é! As estrelas dão-me sempre vontade de rir!” E eles vão ficar a pensar que não estás bom da cabeça. Bela partida a minha…

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