quarta-feira, 24 de julho de 2013

24072013

Esta precisão meticulosa. Da atenção excessiva aos fenómenos de causa-efeito. O que causou o quê, o que levou a quê, em torno do que gira o mundo, que interacções e relações em si contém.

Exploro de forma intensiva e extensiva, em tudo o que me rodeia, me compõe e o que respiro, o que sou, o que faz com que seja quem e o que sou, o que leva ao que acontece e o desenrolar dos eventos, porquê?

Creio sem qualquer dúvida em pequenas coisas, absurdas e sem o mínimo sentido, pela pura, impulsiva, diria mesmo instintiva necessidade de simplesmente poder compreender, saber, aprender, explicar, descrever e, em última análise, objectivo derradeiro, predizer. Assim, na minha busca constante pelo poder preditivo e intensa vontade de tudo poder controlar, crio energias em meu redor. Acabo por me auto-condicionar, com um sistema de crenças fortemente enraízadas, crenças que me dominam e, no fundo, identificam, como pano de fundo. Faço-o de um modo simultaneamente consciente e inconsciente, sei o que faço sem saber
bem o porquê, sem entender realmente as minhas próprias motivações.

E assim, perco-me, em mim mesma, como numa espiral, hora após hora, dia após dia, semana após semana, por momentos nem sinto que o tempo realmente passa, penso ao invés que o tempo é algo que simplesmente é.

Acabo por ser eu apenas, na minha expressão mais pura, do que eu sou, sem rodeios.

[https://www.youtube.com/watch?v=hlCn9_3Ip7k]

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